Um pouco de mim

Esse é o primeiro de muitos posts no Mundo Religare.

Não pretendo ser a voz da razão, muitos menos arrumar inimizade com grupos religiosos e seus seguidores, já que a intenção do blog é estar circulando por esse mundo tão complexo e de difícil aceitação por alguns, que é a religião. As vezes serei um pouco mais sério(convicto), mas não num sentido fundamentalista - geralmente visto por aí - dizendo que minha fé é a única e verdadeira meta de vida que o mundo tem que abraçar, porém, quando preciso, serei um pouco mais rígido ao escrever sobre certos estudos "impostos" por filosofias de vida ou religiões. Nessas minhas andanças e pesquisas, tenho visto muita coisa exagerada, deturpada, sincretizada, confusa e claro, com alguns credos parecendo mais obras de ficção científica e fantasia, devido o seu alto teor de fantástico e (pseudo) ciência, por isso digo: Todo cuidado é pouco.

Embora criticarei certos movimentos religiosos, sei que "" é algo inerente ao homem, nascemos com ela, apenas deixamos de manifestá-la quando nos afastamos de Deus. Mas será que uma fé - a cristã especificamente, pois estamos num país majoritariamente cristão - é verdadeira se a pessoa em questão vive atacando as principais religiões mundiais: o islamismo, judaísmo, hinduísmo e budismo, como obras fazias e base da ação do capeta na Terra? Creio que não, vejo isso como uma fé exclusivista e totalmente nociva ao desenvolvimento social e espiritual do ser humano, fato esse que a história vem comprovando nesses séculos todos.

Quero deixar bem claro, que neste momento, não estou aqui falando de Jesus ou da Bíblia, mas sim das obras criadas em nome dos dois, já que tanto um quanto outro, não mandam o crente sair construindo Igreja, ser padre ou ser pastor. Uma coisa é ir levar a palavra de Deus: "Ide e levai o Evangelho...", outra é sair construindo Templos de Adoração aos quatro cantos do planeta e sair dizendo que foi o Espírito Santo que mandou fazer tal obra. As comunidades cristãs da época bíblica e um pouco depois, tinham uma conotação bem diferente da atuais, a palavra "ekklesia" que deriva Igreja, ganhou hoje ares tão profissionais e administrativos, que determinados grupos religiosos, mais parecem empresas.

Em mais de uma ocasião ouvi pastores e obreiros dizerem que suas Igrejas eram legítimas, quando indagados sobre o motivo de tal afirmação, também era comum ouvir que assim como na época dos apóstolos era comum existir várias comunidades cristãs, hoje também é necessária, pois o crente tem que ter o direito de escolher o credo doutrinário que melhor se adapte ao seu estilo de vida. Uma parcela menor de crente apenas cita as várias comunidades fazendo uma comparação não muito elucidativa de sua Igreja, mas esquecem (ou omitem) que por trás de tais afirmações, lá dentro de si, um pensamento "macabro" lhe diz que sua Igreja é a que está certa no caminho do Senhor Jesus, Maranata, Ele vem.

Já passei por vários grupos que citarei no blog, não virei um crente fanático ou defensor desses credos a ferro e fogo como muitos queriam, na verdade, estive neles mais por vontade de aprender a fenomenologia religiosa (obter conhecimento), do que realmente era o que queria para minha vida. Essa busca me ajudou a ter uma visão bem abrangente desta realidade espiritual. Vale lembrar, que em nenhum momento disse que viraria um crente fervoroso desses grupos espirituais citados, lia com gosto e afinco as obras professadas por eles, isso gerava uma certa admiração nos membros e nos seus sacerdotes, não poderia dizer que não era meu futuro ser um seguidor nato, já que me tratavam tão bem, porém, aos poucos ia me distanciando até que saia de vez. Outros grupos religiosos foram aparecendo, se achava interessante, tentava conhecer, se não, só uma pequena lida nos seus textos sagrados já bastava.

Não nasci numa familia cristã, na verdade meus pais nunca foram nada, não iam na Igreja ou ficavam falando de Deus em casa, quando falavam, era algo sem aprofundamento, apenas repetiam falas vagas, por tradição, igual muita gente faz, que ouviu de alguém que ouviu de um padre, pastor ou amigo e pronto. Era cada passagem dúbia da Bíblia que viravam verdades irrefutáveis, que com o tempo nem mais prestava atenção. Antigamente era comum ser católico, então eles meio que se achavam, talvez mais por aceitação, ainda hoje é comum encontrarem pessoas sem religião definida, dizerem ser católicas. Com meus outros parentes a coisa era mais séria, tinha/tenho em vários credos. Quando criança, por ser novinho e não poder ter minhas escolhas, acabei sendo levado por uma prima para a Igreja Batista, era legal, tinha lanche nos encontros, comia muito, mas achava tudo um saco e sem sentido. Não dava para aceitar as muitas falas bíblicas do pastor, muito menos achar lindo os ensinamentos impostos na Escola Dominical, o pessoal até que era gente boa, ainda sou amigo de muitos, mas acreditar em Adão e Eva; Noé e sua arca, Jesus/Deus e Diabo, Pecado Original e destino do homem; era/é demais para mim, enquanto outros se maravilhavam com estas passagens, eu achava que Deus era maior do que isso.

Se tem algo que admiro em mim, é o gosto pela leitura e pesquisa, desde pequeno leio muito. Fui crescendo, lendo sobre Ciência e a Teoria da Evolução na escola, é evidente que me deixei levar por muita coisa dita por essa fascinante ciência, mas não virou minha religião, pois achava que Deus estava de acordo com ela, uma vez aceitando essa "ciência", a minha crença deveria ser abandonada. A ciência sempre causou estranheza no meio religioso, vide a Igreja Católica em seu passado tenebroso, queimando doutos e verbalizando aos quatro cantos, que a ciência não estava de acordo com os planos de Deus na Terra, na verdade não mudou muito, já que muitas Igrejas Evangélicas estão vivendo como a ICAR na Idade Média, fundamentalista e limitadoras ao extremo.

Com o tempo passei a enxergar essas duas realidades, a material e a espiritual, com mais clareza, embora tenha deixado de ir na Igreja Evangélica muito cedo , continuei lendo/estudando a religião, principalmente a cristã, já que antigamente era mais complicado você obter material de outros grupos religiosos.

Meu destino não era viver de forma determinista, muitos menos fatalista, creio em Deus, mas não creio num destino predeterminado, acredito em caminhos que vão se formando em forma de teia de aranha, para exemplificar isso, vamos imaginar um casal recente, os caminhos que poderão surgir nos meses seguintes são vários: eles poderão se separar, ter um beber, morrerem, traírem um ao outro, perderem o emprego, serem promovido, terminar o casamento, mudar de cidade, estado e país ou não viver nada disso, já que ao seguir pelo caminho da direita e ir em frente pelo o da esquerda, vários outros poderão ser formado diante dessa nova escolha. É um tema que gosto muito, irei explorar melhor isso nos demais textos, já que isso indiretamente acaba levando o homem a acreditar que nossas vidas são predeterminadas.

Esse despertar mesmo, começou aos 15 anos, estudar no Senai foi uma da melhores coisas de minha adolescência, lá tive professores formidáveis, alguns gostavam de fenômenos estranhos e religião, sempre conversava com eles sobre isso. Foi marcante, porque pela primeira vez podia conversar com alguém sobre o que acontecia comigo e pensava sobre religião.

Não sou o mesmo de ontem, nem espero ser o mesmo amanhã. Viver é uma evolução constante e perigosa, o planeta Terra não é uma colônia de férias, pois feliz é o homem que se deixa rever seus conceitos sobre um monte de coisas.

Irei explorar melhor essa busca e esse despertar religioso nos demais espaços do blog.

Minha teia virtual começou agora.

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