Quem nunca se viu perguntando sobre a grafia de uma palavra? Mas não saber não te faz uma pessoa sem cultura. Antes de mostrar algumas, vamos entender o que são radical, prefixo, e sufixo.
Radical - é a parte que não muda nas palavras.
Prefixo - é a parte que vem antes do radical, essa é fácil, já que "pre-alguma coisa" é bem recorrente em nosso vocabulário.
Sufixo - é a parte que vem depois do radical.
Vamos dar um exemplo bem facinho: Felizmente - "feliz" é o radical e "mente" o sufixo.
Mas as palavras que interessa ao blog e vamos analisar daqui para frente, são as de cunho acadêmico, filosófico e religiosa.
Em cristianismo, budismo, islamismo, judaísmo, zoroastrismo e hinduísmo, nós temos o sufixo "ismo" que é de origem grega, "ismó", designando um conjunto de crenças ou doutrinas de um determinado grupo, podendo ser de linha escolar, religiosa, filosófica, teatral, política e musical.
O sufixo "ismo" gera algumas confusões, em medicina ele tem uma conotação patológica, doença. No dicionário Houaiss temos essa explicação: "...usado para falar de uma intoxicação de um agente obviamente tóxico", também nos remete a problema, uma disfunção. Isso leva algumas pessoas a terem a péssima compreensão desse sufixo em nomes religiosos, os mais peversos, acabam fazendo essa analogia com a outra e por preconceito acabam acusando os crentes de tais religiões de "doentes de deus", já que para eles " sua raiz 'vocabólica' os condena".
Em parte essa confusão ocorre devido a uma discussão que atingiu todas as esferas da sociedade: Homossexualismo é uma doença ou um modo de ser? Se é uma doença, o sufixo está sendo usado corretamente, essa é a crença de muitos líderes religiosos nas principais religiões abraâmicas, que o "homem homossexual" está sofrendo de um problema clínico ou de um distúrbio mental. Para a Medicina o termo deixou de ser tratado como patologia na década de 80, isso lá em 85. O termo homossexual muda e vira "homossexualidade", o sufixo "dade" é adicionado, significando "modo de ser", comportamento.
É raro termos muitos neologismo em religião com o sufixo "dade", temos "cristandade" que quer dizer: Conjunto dos povos ou países cristãos. Num sentido específico, podemos falar que esta palavra representa uma corrente de pesamento, que é política e socialmente cristã, tido muitas vezes como uma "teocracia cristológica", bem medieval e bem "vaticânica".
A palavra cristandade foi usada na Idade Média para distinguir os cristão ocidentais europeus mais "puros" daqueles do outro lado do mundo, mais "sujos", que poderiam ser remidos pelo sangue de cristo. Embora não tenha hoje uma conotação negativa, muitos cristãos não aceitam essa palavra, pois acreditam que ela está revestida de práticas totalmente corrompidas, embora passe de "boa palavra".
Então, resumidamente podemos dizer que o sufixo "dade" caracteriza individuo e o sufixo "ismo" grupo, sistemas de crenças. Fazer parte de um desses "ismo" não é ser doente, mas infelizmente só no papel, já que estar comungando de muitos credos atuais ou milenares, é estar adorando o deus do fundamentalismo e do fanatismo.
Radical, Prefixo e Sufixo
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4 opinaram:
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Sobre o sufixo "ismo": não seria mais fácil e prudente dizer que representa a idéia de "movimento constante em torno de.."
Desta forma, isentamos qualquer julgamento sobre a palavra que carrega tal sufixo, e sim, entendemos o conceito que ela quer expressar.
Marcia Souza
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Eu acho que é so mais uma maneira de ofender ou discriminar o homossuxual que não devia ligar para mais uma marca que querem colocar neles já que nos temos muitos maia "problemas" sociais para enfrentar do que se preocupar com " ismos" Manda esse povo estudar na gramática a parte das semânticas.
Michelle Andrade
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Pois é, e os maiores propaladores são os líderes de movimento GLTB; que se dizem bem informados. Mas pra quem inventou "homofobia" (medo do igual-idêntico), essa estória do "ismo" é fixa.
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(Uma nação, um povo, se constrói com sonhos em comum, como os projetos, as artes, a língua...) coisa de Ruben Alves
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O ótimo texto acima apenas nos esclarece o assunto. Defender ou concordar não cabe ao autor e, portanto, é estúpido criticá-lo.